Projetos Bioclimáticos Já e Sempre!

Queridos, aqui está o contrato de comprometimento que prometi. Vamos lembrar disso sempre, certo? Projetar consciente! Se vocês esquecerem, vou atrás de vocês cobrar! *rs* Eu já assinei!


Diretrizes Bioclimáticas para Ruas do Brasil

Queridos,

Terminei, enfim, de selecionar as ruas com as quais vocês irão trabalhar. Procurei pegar ruas famosas, bonitas ou inesperadas. Havia selecionado ruas em cidades do interior do Brasil, mas acabei tirando porque seria injusto, uma vez que há mais informação sobre capitais. Apenas Campo Grande e Belo Horizonte não estão no Sol-Ar (carta solar e rosa dos ventos), mas tomaremos cuidado para quem  pegar estas cidades ter acesso ao Luz do Sol e Windfinder. Todas as ruas possuem StreetView! E tem umas lindíssimas! Sugiro que todos dêem uma passeada pelas 32 ruas para conhecer um pouco mais do nosso país.

Comecem a paquerar sua rua favorita e fique na torcida! Quinta-feira iremos sortear! Não faltem e cheguem com as duplas formadas, por favor! Só disponibilizarei o modelo da prova-trabalho na quinta mesmo, então vão adiantando as outras tarefas.

O modelo do trabalho está no formato de slides (PowerPoint) para facilitar a comunicação visual e o compartilhamento posterior dessas informações que vocês irão gerar. No estudo são requeridos: coleta de dados (latitude, clima, carta solar, carta bioclimática, ventos (frequência e velocidade), índices pluviométricos etc); interpretação dos dados; percepção espacial do lugar; aplicação de técnicas bioclimáticas em projetos; um pouco de produção textual e um pouco de produção gráfica. Procurem observar, pelas fotos do StreetView e dados coletados, as características dos materiais das fachadas externas (expostas às condições climáticas); a cor utilizada nas fachadas externas e pavimentações; a orientação solar; a forma e a altura das edificações; a orientação e o tamanho das vedações transparentes; as características do entorno; a orientação em relação a ventilação; o desempenho das aberturas (percentual para iluminação e ventilação, proteções à insolação inadequada); a localização estratégica dos condicionadores de ar artificiais; o uso da vegetação etc.Vai ser bom!

E segue o nosso mapa!


Visualizar Conforto Ambiental I - Diretrizes para Projetos Bioclimáticos em um mapa maior


Uma curiosidade! Olha as estatísticas de vento em Belo Horizonte, que coisa rara! Ainda bem que eles não precisam de ventilação como Salvador, heim? Já pensou!? (Compare com o de Salvador.)



Campo Grande não está muito bem também! Quando mais precisa, não tem! E olha que distribuição a de outubro (abaixo)!


Vejam mais em Windfinder.com

Fazendo a prova de vocês e...

...olha que armengue encontrei! Um prédio cheinho de ar condicionados, no Rio! Cabe mais um ai?


Visualizar Conforto Ambiental I - 2012.2 - Estudos de Caso em um mapa maior


Para compensar, encontrei essa parede com pedras em BH. Reparem no mês da foto: junho (inverno). Que estratégia passiva será esta que eles estão utilizando?


Visualizar Conforto Ambiental I - 2012.2 - Estudos de Caso em um mapa maior

Outro achado interessante foi este prédio aqui no Comércio de Salvador. Como outros nesta região, este pensou no clima, no percurso aparente do sol e tratou de sombrear as abertururas. *Clap! Clap! Clap!* Veja a outra fachada dele – também tem aberturas protegidas. Depois siga adiante nesta rua e veja cada fachada do prédio do Citybank. Soluções diferentes para o mesmo problema. Legal! ;)


Visualizar Conforto Ambiental I - 2012.2 - Estudos de Caso em um mapa maior

California Academy of Sciences: a construção mais eco sustentável do mundo

Fonte: metalica.com.br
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Quem associa museu à velharia não conhece a California Academy of Science. O museu, além de reunir numa única estrutura aquário, planetário, museu de história natural e floresta tropical indoor, também se destaca por ser uma edificação totalmente baseada em tecnologias e práticas sustentáveis.E é por tal investimento verde que a Academia de Ciências da Califórnia foi considerada a edificação pública mais eco sustentável do mundo. Conheça essa magnífica construção nas linhas abaixo.

Sustentabilidade como regra geral

Para a reconstrução da Academia de Ciências da Califórnia, o departamento ambiental de São Francisco exigiu que os projetos tivessem um caráter sustentável. Piano fez da exigência a sua inspiração: não só a construção seria sustentável como o próprio conceito do museu embasaria-se na sustentabilidade. A ideia era que os conceitos eco sustentáveis fossem parte da exposição permanente do museu. "Este museu tem sempre trabalhado em três níveis - exibindo a coleção, educando o público e pesquisando a ciência; o espírito deste novo edifício é anunciar e aplicar esta complexidade da função", afirma o arquiteto no site oficial da California Academy of Science.
Para incentivar a prática da sustentabilidade, Piano investiu nos conceitos sustentáveis também ao redor do museu: implantou bicicletários e postos de reabastecimento para veículos elétricos no estacionamento do complexo.

Telhado Vivo

Os ideais sustentáveis estão presentes em cada metro quadrado da construção, mas é na cobertura que a sustentabilidade é consagrada. Com 10 mil metros quadrados projetados no formato ondulado, a cobertura ganhou o título de "telhado vivo". A denominação se dá pelo fato de a estrutura ser composta por 1.200 toneladas de solo e plantas vivas nativas, situadas 12 metros acima do nível do terreno.

Telhado VivoO "telhado vivo" tem como função controlar a temperatura interna do edifício. Para tal, apresenta comportas e cortinas que, controladas por computador, se abrem e fecham para manter a temperatura adequada no ambiente interno. O sistema foi tá bem sucedido que dispensou a instalação de ar condicionado na maioria das zonas do complexo.
A cobertura, além de servir de isolante térmico, tem a capacidade de absorver 98% da água da chuva que cai sobre ela, sendo metade deste volume reutilizado em outras partes do museu. Outra função do "telhado vivo" é permitir a entrada de luz natural no edifício. Assim como as paredes de vidro que compõem o fechamento do museu, as claraboias instaladas na cobertura também maximizam a incidência de iluminação natural para o interior da construção. Como providência anti-terremoto, as peças de vidro que compõem a claraboia foram instaladas com uma folga de 15 centímetros, podendo movimentar-se dentro desse perímetro para qualquer direção, a fim de não se quebrarem caso haja movimento sísmico.
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Controle de temperatura

Além das claraboias, que controlam a ventilação no interior do edifício, outras práticas foram implantadas com o fim de manter uma temperatura ideal no museu. Para fins de aquecimento, foi instalado um sistema de aquecimento radiante no piso do museu. Tubos embutidos no piso transportam água quente, aquecendo o chão. A prática reduz em 10% a necessidade de energia anual do edifício.
Isolamento: algodão grosso feito de jeansOutra forma de controle de temperatura é por meio do isolamento térmico. Dispensando os tradicionais sistemas de fibra ou espuma, o museu investiu numa técnica nova: jeans. O algodão grosso feito de jeans reciclado prende mais calor e absorve o som melhor que a fibra de vidro. Além disso, também funciona como retardador de fogo e evita o mofo.

Tubo esquecido na sala 28.02.2013


Se você esqueceu seu tubo na sala de aula hoje, ligue para meu celular para combinarmos de eu te entregar. Está comigo aqui na Prefeitura do Campus.

Att.,
Denise

ABNT publica Norma de Desempenho

Antes válida somente para edifícios de até cinco pavimentos, NBR 15.575 agora serve para todas as novas edificações residenciais


Marcelo Scandaroli

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou na última terça-feira (19) a NBR 15.575 - Edificações habitacionais - Desempenho. As seis partes da normativa, que foram inicialmente publicadas em 2008, começaram a ser revisadas em janeiro de 2011 pelo Comitê Brasileiro da Construção Civil (CB-02). Os novos textos entrarão em vigor no mês de julho.


De forma geral, a grande mudança da NBR 15.575 é sua abrangência, já que deixa de abordar apenas os edifícios de até cinco pavimentos e passa a tratar de todos os novos edifícios residenciais. A normativa também traz o conceito de vida útil variável dos sistemas.
Entre as suas seis partes, as áreas de pisos e vedações verticais internas e externas foram as que sofreram maiores intervenções. A norma ainda possui partes para requisitos gerais, estrutura, coberturas e sistemas hidrossanitários.

Na NBR 15575-3, de pisos, a primeira mudança foi em relação à abrangência, que não se restringirá apenas aos pisos internos, mas também aos externos. A norma traz uma nova concepção do que é sistema de pisos e cada camada que o compõe, afetando os critérios de avaliação do dano e de segurança contra incêndio. A parte de desempenho acústico também foi revisada e um texto explicativo dos fatores que afetam o escorregamento foi adicionado à norma.

Já a NBR 15575-4, de vedações verticais internas e externas, os critérios relativos ao Estado Limite de Utilização ou de Serviço e os critérios relativos ao Estado Limite Último foram ressaltados. No caso das esquadrias externas, houve mudanças nas exigências ligadas à estanqueidade à água e nos requisitos de isolação a ruídos aéreos de fachadas, constando agora três situações a serem consideradas (locais pouco ruidosos, locais muito ruidosos e situação intermediária). Nas vedações verticais internas, a principal modificação foi no tema de isolação a ruídos aéreos,  no qual foi substituído o critério relativo a isolação entre hall e apartamento, pelo critério relativo à isolação entre apartamentos, passando pelo hall.


Guia Orientativo

A CBIC, com o patrocínio do Senai, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, e da empresa Geo-Gestão Imobiliária, lançará, em abril, um guia orientativo para atendimento à Norma de Desempenho. O principal objetivo do Guia é facilitar o entendimento por meio de resumo, simplificação e adaptação da linguagem para coordenadores de obras e de projetos, técnicos, engenheiros, arquitetos, empresários (construtores e incorporadores), estudantes e agentes da cadeia produtiva das principais definições sobre o tema desempenho (requisitos, critérios, vida útil etc). "A CBIC entende que o Guia é uma contribuição fundamental para a disseminação e implementação da Norma de Desempenho, ajudando inclusive a reduzir ou mesmo eliminar a insegurança ou passivos jurídicos no que diz respeito ao atendimento às normas técnicas", informou a entidade em comunicado para a imprensa.


As seis partes da NBR 15.575 estão disponíveis no site da ABNT.

LED deve conquistar mercado da decoração

O LED, sigla para o inglês Lighting Emitted Diodes, invadiu o mercado de arquitetura e decoração, conquistando a todos com suas vantagens de maior durabilidade e menor consumo de energia. O componente eletrônico oferece uma iluminação com qualidade, com facho definido, além de não emitir radiação ultravioleta ou infravermelha. Por todas as suas qualidades o LED tornou-se a primeira escolha da indústria moveleira quando se fala em opção de luz para o mobiliário, sendo a grande aposta para 2013.

Segundo Alexandre Chiquiloff, designer da marca de móveis planejados Moss Para Casa, além de sua função essencial, a iluminação ressalta o mobiliário, traz um charme e possibilita criar diferentes climas. “Não é de hoje que utilizamos iluminação em móveis, porém o que mudou foi a qualidade da iluminação, o efeito desejado e, claro, a forma de utilização”, explica.

A marca, que busca as tendências internacionais para a criação de seu mobiliário, utiliza o LED em diversas peças: cabideiros, prateleiras, painéis decorativos, nichos, entre outros. “Quem não gostaria de abrir o armário e ter todas as suas roupas, calçados e acessórios iluminados, facilitando assim a escolha? Ou mesmo na cozinha, seja em uma gaveta, ou em uma prateleira, tudo fica mais visível e prático”, pontua Chiquiloff.

A lighting designer Adriana Sypniewski conta que o LED é a tendência deste ano. “Cada vez mais os projetos luminotécnicos são 100% em LED, sejam eles de paisagismo ou de interiores. Entre os inúmeros benefícios do uso dessa iluminação nos móveis, o fato de que a luz não queima ou desbota as roupas é com certeza um fator relevante”. Adriana, que é também a proprietária da loja de iluminação Grey House, acredita que o número de vendas do produto tende aumentar ainda mais até o fim do ano.

De acordo com o lighting designer Bender Barbosa, da Novit Light Design, o LED oferece uma economia de energia de até 90%, podendo durar até 40 mil horas, dependendo do fabricante. “Considero essa tecnologia um investimento em relação não apenas ao consumo de energia, mas também pelo conforto térmico, pois ele não aquece o ambiente ou local aplicado. Lembrando que a lâmpada é sustentável, podendo ser reciclada”.

Entre os diferenciais do LED, que provou ser uma forma de iluminação que atende a necessidade de qualquer projeto, está a grande possibilidade de luminosidade e intensidade de cores. 

Fonte: Procel Info / Diário dos Campos - 24.02.2013

Leitura: arquitetura sustentável

Queridos,

Segue o artigo lindo do qual lhes falei. Recomendo fortemente a leitura!


Arquitetura sustentável: uma integração entre ambiente, projeto e tecnologia em experiências de pesquisa, prática e ensino

Joana Carla Soares Gonçalves e Denise Helena Silva Duarte

O tema da arquitetura sustentável é essencialmente multidisciplinar. Dentro desse universo de proposições, ações e responsabilidades, a discussão é apresentada sob a ótica do arquiteto, ressaltando o papel do conforto ambiental e da eficiência energética. O artigo começa com um breve contexto histórico no qual está inserido o tema da arquitetura sustentável, seguido por considerações sobre pontos de partida para o desenvolvimento do projeto arquitetônico em prol da sustentabilidade, abordando os seguintes tópicos: Projeto Arquitetônico e Qualidade Ambiental, Climatização, Projeto e Energia, Certificação de Edifícios, O Contexto Internacional, Edifícios e Ambiente Construído. Na seqüência, artigo apresenta experiências de pesquisa, ensino e prática com foco no projeto arquitetônico e suas relações com tecnologia e ambiente. Este conteúdo é fruto de uma reflexão sobre arquitetura sustentável, que tem como base dez anos de experiência das autoras, incluindo: (a) estudos e pesquisas na graduação e na pós-graduação, teóricos e práticos; (b) experiências de ensino em ambos os níveis, com repercussões em concursos nacionais e internacionais; e (c) atuação profissional junto a arquitetos do cenário nacional, desenvolvendo propostas inovadoras. 

O maior relógio de sol do mundo fica na Índia

Fonte: O Lápis Verde

No princípio do século XVIII o marajá Jai Shing II, interessado por Matemática e Astronomia, conhecedor dos instrumentos de observação e medida usados desde a Grécia Antiga e também dos saberes perpetuados pela tradição islâmica, entendeu que a melhor maneira de fazer medições precisas era utilizar instrumentos de grande dimensão. 


Mandou então construir na Índia cinco grandes observatórios astronômicos em locais diferentes: Jaipur, Mathura, Urjain, Varanasi e Delhi, actual capital. Quatro ainda subsistem nos dias de hoje; apenas o de Mathura foi destruído.

Aula 14.02.2013 - dia sem sombra

Caríssimos,

Mais uma vez, já que alguns de vocês têm me perguntando por e-mail, reafirmo aqui para todos: sim, amanhã temos aula!


Já estamos passando por um semestre espremido entre festas de fim de ano e Carnaval. Não podemos nos dar ao luxo de desperdiçar um encontro. Portanto, amanhã tem aula e ela será muito legal! Faremos uma atividade em campo (no campus) que será super útil para a percepção e a prática projetual de vocês. Nos encontramos na sala 7 da FAUFBA e logo seguimos para a Praça Cívica (Biblioteca Central) do campus de Ondina. Recomendo que ninguém se atrase, pois vai perder coisas no caminho. Mas caso aconteça, basta descer as escadas e seguir para sudoeste. Estaremos em um dos prédios que contornam a praça ou na própria praça. Podem me ligar também! A turma das 9-11h deve me encontrar na área aberta da Biblioteca Central até as 9:20, quando reiniciaremos a jornada.


Adianto que os resultados das avaliações foram bons! 91% de vocês tiveram, na prova, nota acima da média cinco e 70% acima da média sete. Mas como vocês sabem, minha expectativa era que todos tirassem pelo menos DEZ, não é?! Então vamos trabalhar! Teremos mais uma novidade neste segundo bloco que beneficiará a todos – aos que estão bem adiantados e aos que ainda se sentem um pouco inseguros. Explicarei amanhã!

Sugiro que vão com calçado confortável e levem uma pranchetinha com papel e caneta. Protetor solar não fará mal.

Segue o mapinha para a Praça Cívica. Em rosa a FAUFBA, em azul a Biblioteca Central. A Praça Cívica é este espaço em frente a ela. A foto está desatualizada, pois hoje está tudo arrumadinho! ;)

Instruções para a segunda turma e os retardatários:
- desça a escada de Arquitetura
- siga em direção ao Instituto de Química
- desça as escadas internas de Química
- siga em direção ao PAF I
- siga em direção à Biblioteca Central
- você está na Praça Cívica

 
Ver FAUFBA - Praça Cívica num mapa maior

Folha Zero - blog com conteúdos de conforto


Oi, queridos!

Por acaso encontrei este blog, o Folha A Zero, que contém postagens insteressantes para nós na categoria "Conforto Climático". Vejam sobretudo os posts: da orientação das aberturas em uma edificação; trabalhando com carta solar II; e dica prática para descobrir o norte verdadeiro. Olha só alguns trechos:

"Anteriormente demonstrei como a carta solar pode nos fornecer a inclinação dos raios solares em determinada data. Mas esta não é sua aplicação mais prática. Seu principal uso se dá quando precisamos saber em que horários determinada fachada via receber o sol durante todo o ano. Vamos pegar um exemplo bem simples para começarmos."(...)

O blog contém conhecimentos que adquirimos em sala, mas nunca é demais reforçar, ver exemplos e conhecer outras formas de trabalhar – como estudos de insolação com SketchUp.


"Além de ser uma boa ferramenta para modelagem, o sketchup também pode ser usado para análises simples de insolação. Contudo, é preciso inserir as coordenadas do lugar onde a construção vai ser edificada. Para isso, vá em “windows” “model info” e clique na aba “location”. Selecione o país e a cidade. Caso sua localidade não apareça na lista, clique em “custom loction” e insira as informações manualmente. Em seguida clique em “select” e informe a direção do norte para o projeto. Após estas configurações, é só mover o sol através dos menus “date” e “time” e ver como ele se comporta em relação ao projeto."

Fica a dica! ;)


Relógio Solar


MOSAICO DE RELÓGIOS-DE-SOL
EQUATORIAL E ANALEMÁTICO

Felisbela Martins1 e Rosa M. Ros2

1Membro da EAAE (Portugal)
2Universidade Técnica da Catalunha (Espanha)

Resumo

Ao longo da história os dias e os anos foram governados pelo sol e pelas estrelas. Mesmo depois dos relógios serem inventados, eles foram regulados pelo sol. Hoje sabemos sobre planetas, estrelas e galáxias mas perdemos contacto com a lógica e o ritmo do nascer e do pôr-do-sol, do Verão e do Inverno. É educativo aprender como os relógios-de-sol funcionam e observar a sua sombra avançar ao longo do dia e variar ao longo das estações. Um relógio-de-sol consiste num disco ou prato onde se encontram marcados linhas e um gnomon, com a sua projecção de sombra. 
O "fio" inclinado do gnomon, chamado estilete, produz o limite da sombra e é usado para nos indicar as horas. Encontra-se paralelo ao eixo da Terra apontando para um ponto no céu, em torno do qual a esfera celeste (imaginária) gira em cada 24horas, localizando-se muito próximo da Estrela Polar.Há diferentes tipos de relógios-de-sol. Virtualmente, algo que produza uma sombra pode ser transformado num relógio-de-sol; o truque é calcular o lugar correcto das horas. Para ser preciso, um relógio-de sol deve ser especificamente desenhado para o local onde vai ser usado e estar apontado na posição correcta.
O principal objectivo deste workshop é construir um relógio-de-sol simples. O objectivo pedagógico da sua construção é permitir aos participantes e seus estudantes compreender a construção dos relógios-de-sol, como determinar as horas, como encontrar o lugar correcto e a correcta orientação para um relógio-de-sol e identificar diferentes tipos de relógios.
Seria muito interessante que cada participante construísse um relógio para a latitude da sua escola e mais tarde praticasse a sua construção com os seus estudantes.

Introdução

Se bem que cada um saiba que os relógios-de-sol são muitas vezes vistos nas paredes das igrejas ou em pedestais de pedra nos jardins, e embora todos nós compreendamos que tais relógios-de-sol foram os antecessores imediatos dos nossos relógios públicos, ainda há comparativamente poucos que conhecem os membros mais jovens da família, nomeadamente, os relógios-de-sol de bolso, os antepassados dos relógios modernos. E será provavelmente uma surpresa para a maioria das pessoas aprender quantas variedades existem, quão variadas as formas dos relógios portáteis usados em diferentes épocas e países, quanto tempo e raciocínio se despenderam para o seu design e construção.

Relógios-de-sol

Desde muito cedo, o homem percebeu que qualquer objecto iluminado pelo Sol provoca uma sombra, e que esta pode indicar-lhe por quanto tempo ainda haverá claridade. Assim, o Homem inventou os relógios-de-sol. Estes, baseiam-se no movimento aparente do Sol pela abóbada celeste e na consequente deslocação da sombra projectada sobre uma superfície plana ou curva, de um corpo iluminado por este astro.É um instrumento destinado a determinar as horas do dia pelo movimento da sombra de uma haste ou outro objecto, produzido pelos raios solares, podendo ser fixo ou portátil.

Actividade 1: Sombras

A sombra que nos é mais familiar é a nossa. Os alunos podem começar por explorar o comportamento das sombras projectadas pelo Sol, colocando-se simplesmente em pé num determinado local ao ar livre. Muitos objectos simples podem ser usados como relógios-de-sol.Coloque uma vara sobre uma grande folha de papel branco, num local do exterior da escola onde o Sol incida durante todo o dia. Não lhe mexa mais. Faça cinco ou seis visitas ao local, igualmente espaçadas ao longo do dia. Desenhe a sombra da vara no papel em cada visita, legendando-a com a hora e tendo o cuidado de não mover nem a vara nem o papel. As observações completas produzem um cartaz (que pode ser usado como relógio nos dias seguintes) que nos mostra que o comprimento da sombra e a sua direcção varia ao longo do dia. Ao meio dia a sombra vai ser mais curta, e ao princípio ou ao fim do dia a sombra vai ser mais longa. Trace uma linha que passe por vários pontos marcados. Volte a colocar-se na marca central e vire-se para o ponto sobre a linha que está mais perto de si. Neste momento acabou de se virar para o Pólo Norte da Terra. Isto pode ser verificado com o auxílio de uma bússola. Se desejar trace na folha de papel ou no chão a Rosa-dos-Ventos com os pontos cardeais. O Sol está mais alto no céu quando se atinge o meio dia. Ao nascer e ao pôr-do-sol a sua sombra é mais longa. Pode assim construir um relógio-de-sol que lhe permita saber qual a hora do dia.
Perguntas como" O que provocou a sombra da vara?" ou "Porque razão a sombra se moveu? Ou "A que horas a sombra era mais curta?" podem ser desenvolvidas junto dos alunos.

Actividade 2: Hora solar e hora legal

Na realidade, os relógios solares, não marcam as horas de forma idêntica aos relógios mecânicos. Estes dividem o dia exactamente em 24 horas, cada hora em 60 minutos e cada minuto em 60 segundos. É uma divisão calculada pelo homem e o período representado por 24 horas, de um relógio mecânico, corresponde a um dia solar médio. Os relógios-de-sol, muito embora marquem as horas aproximadamente às dos relógios mecânicos, raramente coincidem com estes, visto que assinalam as horas correspondentes ao meio dia solar verdadeiro. Denomina-se dia solar verdadeiro o tempo que o globo terrestre demora em dar uma volta completa sobre o seu próprio eixo, tomando-se como ponto de referência o Sol. Sucede que, enquanto a Terra gira em redor do seu eixo, percorre também uma parte da sua órbita de translação em redor do Sol. A Terra, ao girar em torno do seu eixo avança pelo espaço sideral, ou seja, tem dois movimentos: o de rotação e de translação.
Voltando ao exemplo dado na actividade anterior, é meio dia solar na escola quando a sombra da vara (gnomon) é mais curta. Nesse instante, a sombra encontra-se sobre o meridiano do lugar. No momento em que a sombra é mais curta, é meio dia solar. Nas nossas regiões do Hemisfério Norte, o Sol no meio dia solar indica-nos a direcção Sul. É, pois, um meio de posicionar o Sul, e por consequência, os outros pontos cardeais. A actividade pode ser desenvolvida nos dias seguintes, salientando-se as noções de dia solar (intervalo entre dois meios dias consecutivos). Este é dividido em 24 partes chamadas horas. O meio da noite - meia noite- corresponde ao instante 24 horas ou 0 horas e o meio do dia ou meio dia corresponde ao instante 12 horas.

Actividade prática: Um relógio analemático simples para a sua escola

Por que não construir um relógio-de-sol no pátio da sua escola? Esta é uma bonita actividade que pode envolver um grande grupo de pessoas na sua escola! Em geral os estudantes ficam muito entusiasmados em decorar um relógio-de-sol que viram construir.A questão seguinte é: que relógio-de-sol construir? O gnomon é a parte de um relógio mais difícil de ser conservada num lugar público ou num pátio da escola devido à sua natureza delicada. Problemas ligados ao tempo, animais e crianças podem mudar a sua posição, afectando as leituras do relógio-de-sol. Neste tipo de lugares, a melhor solução é construir um relógio de sol analemático. Neste caso, o plano do relógio é horizontal, o solo, e o gnomon é o observador, isto é a pessoa que está interessada em saber o tempo as horas. É claro que o gnomon não está orientado de acordo com o eixo de rotação da Terra. Neste tipo de relógios-de-sol, o gnomon é perpendicular ao plano horizontal. É necessário mudar a posição do gnomon em cada dia, mas isso também não é problema para o leitor. Ele/ela pode mudar a sua posição se indicarmos isso claramente. Obviamente, a melhor solução para construir um relógio-de-sol, no pátio da sua escola, é fazer um relógio analemático. Seguidamente, vamos explicar como desenhar um num pedaço de papel, e só será necessário modificar a escala para o pintar no chão da sua escola. O processo é:
  • 1.- 1.- Desenhe uma linha horizontal e desenhe a latitude do lugar f usando um transferidor. Na linha horizontal desenhe o segmento a, de acordo com as dimensões que decidiu para o relógio-de-sol (no total o máximo do tamanho será 2a). W e O são dois pontos extremos (Fig. 3). W é o lado do vértice do ângulo. O segmento inclinado é c.
  • 2.- Desenhe um triângulo rectângulo com a hipotenusa a. Coloque uma régua ao longo da linha inclinada c. Pegue num esquadro e coloque-o ao longo da régua. Mova o esquadro até chegar ao ponto O e desenhe uma linha para completar o triângulo. Denomine o triângulo WOB (Fig. 3).
  • 3.- Desenhe uma circunferência de raio a que passe pelo centro O, o qual passa através do ponto W.
  • 4.- Desenhe dois diâmetros perpendiculares através do centro O. Um deles é a linha WE e a outra linha NS. Quando pintar o relógio-de-sol no solo, é necessário orientar as duas linhas usando a bússola ou, se for possível usando a linha meridiana.
  • 5.- Denomine b o segmento OB e c o segmento WB do triângulo rectângulo. Os dois valores serão importantes para desenhar a elipse das horas do relógio-de-sol.


Figura 3. Building the ellipse and drawing the hour lines

  • 6.- Desenhe a partir do centro O a distância b para determinar o menor semi-eixo da elipse da linha NS (Fig. 3).
  • 7.- Desenhe a partir do ponto O a distância c de ambos os lados do diâmetro WE para determinar o foco da elipse F e F' (Fig. 3).
  • 8.- Desenhe a elipse usando o F e F' onde fixou as duas extremidades da corda de longitude 2a. Use o método de jardineiro para desenhar a elipse. Use o mesmo processo quando passar do papel para o chão do pátio (Fig. 4).


Figura 4. Desenhando a elipse usando o método de jardineiro

  • 9.- Divida a circunferência em 24 partes, cada uma com 15° (Fig. 3). Marque estes pontos na circunferência.
  • 10.- Desenhe um conjunto de linhas, paralelas ao diâmetro NS, destes pontos até contactar a elipse. Estes pontos de intersecção serão os pontos onde se coloca as horas. As 12 horas são colocadas no Norte e as outras horas são colocadas uma a uma até às 6 horas da manhã a W e as 6 horas da tarde colocadas a E.
  • 11.- A posição do gnomon, isto é, a posição da pessoa que vai usar o relógio-de-sol, está na linha NS. É bem conhecido que essa posição muda de acordo com as posições do zodíaco ao longo do ano. Em particular, a 21 de Março e 21 de Setembro (pontos de Carneiro e de Balança) o gnomon estará na intersecção da linha NS com a linha EW (ponto O) (Fig. 5).
  • 12.-


Figura 5. Construindo a posição do gnomon

  • 13.- Desenhe um ângulo de 23.5° centrado no foco F na linha WE no semiplano Norte. A intersecção desta linha determinada por 23,5° com a linha NS marcará a posição extrema do gnomon a 21 de Junho (Caranguejo) (Fig. 5).
  • 14.- Desenhe um ângulo de 23,5° centrado no foco F na linha WE no semiplano Sul. A intersecção desta linha determinada por 23,5° com a linha NS marcará a posição extrema do gnomon a 23 de Dezembro. (Capricórnio) (Fig. 5).
  • 15.- Desenhe as posições intermédias. Um ângulo de 20° centrado em F na linha WE no semiplano norte determina a posição do gnomon a 21 de Maio (Gémeos) e também a 23 de Julho (Leão), no semiplano sul o mesmo ângulo determina a posição do gnomon a 20 de Janeiro (Aquário) e também 22 de Novembro (Sagitário) (Fig. 5).
  • 16.- Finalmente, desenhe um ângulo de 11° centrado em F na linha WE no semiplano norte determinando a posição do gnomon a 20 de Abril (Touro) e também 23 de Agosto (Virgem). Desenhe no semiplano sul, o mesmo ângulo determinando a posição do gnomon a 18 de Fevereiro e também a 23 de Outubro (Escorpião) (Fig. 5).
  • 17.- Para mais detalhes, pode marcar pontos de vários dias em cada mês. Nesse caso, use a declinação do sol para cada dia.
  • 18.- Mude o plano completo do relógio-de-sol para o chão, colocando a linha NS com a linha média.

 
Figuras 6 and 7. Participantes na 6ª Escola de Verão da EAAE desenhando um relógio analemático


Figura 8. Estudantes usando um relógio analemático feito numa Escola Secundária em Portugal

Hora legal e Hora Solar

Os relógios indicam-nos o tempo solar, que não é o mesmo que hora legal. Para ser capaz de converter um tipo de hora noutro tipo temos de considerar três ajustes diferentes.
  • 1. Ajuste para a longitude
    O mundo foi dividido em 24 zonas, cada uma baseada no meridiano de referência de Greenwich. Para fazer ajustes de longitude, precisa de saber a sua longitude local e a longitude do lugar do meridiano de referência. Juntamos + para este e - para oeste. É necessário expressar as longitudes em horas e minutos (1 grau são 4 minutos).
  • 2. Ajuste para Hora de Verão
    Não se pode esquecer de juntar uma hora à hora solar durante o período de tempo de Verão.
  • 3. Ajuste para a equação do tempo
    A Terra não gira em torno do Sol a uma velocidade constante. Seria um grande inconveniente se as horas variassem de dia para dia e, assim, o tempo é calculado para mais de um ano. Isto é chamado o "Tempo Médio". A Equação do Tempo é a diferença entre "O Tempo Solar Real" e o "Tempo Médio". A Equação do Tempo aparece tabelado no Quadro 1.

CONVERSÃO DO TEMPO

Hora Solar + Ajuste Total = Hora Legal
Exemplo 1: Barcelona Catalunha (Espanha) a 21 de Março.

Por exemplo às 12 h solares, o nosso relógio mostra: (Hora Solar) 12 h + 47,7 m = 12 h 47 m (Hora legal)
Exemplo 2: Tulsa Oklahoma (EUA) a 16 de Novembro.

Por exemplo às 12 horas solares o nosso relógio mostra: (Hora solar) 12 h + 8,7 m = 12 h 8.7 m (Hora legal)


Quadro 1. Equação do Tempo


Quadro 2. Declinações solares e a duração do número de dias em cada signo do zodíaco

Referências

  • Broman, L., Estalella, R. Ros, R.M., Experimentos de Astronomía, Ed. Alhambra, Madrid, 1988.
  • García, S., The Pyrenean Shepherds' Dials, Proceedings of 7th EAAE International Summer School, 211, 225, Barcelona, 2003.
  • Gatty, A., The book of sundials. George Bell and Sons, London, 1872.
  • Jenkins, G., Bear, M., Sundials & Timedials, Tarkins publications, Norfolk, 1987.
  • Martins, F., Ros, R. M., Building Simple Sundials, Proceedings of 6th EAAE International Summer School, 59, 82, Barcelona, 2002.
  • Mills, H.R., Practical Astronomy. Albion Publishing, Chichester, 1994.
  • Savoie, D., La gnomonique. Les Belles Lettres, Paris, 2001.
  • Waugh, A.E., Sundials. Their theory and construction. Dover Publications, Inc. New York, 1973.

Referências de Internet

http://www.sundials.org/index.php/art-of-dialing/types-of-sundials
http://www.mysundial.ca/sdu/sdu_sundial_kits.html
http://relogiosdesol.blogspot.com.br/2010/11/relogio-de-sol-digital.html
http://www.sundialsforlearning.com/ - muito bom!

SP oferece pós-graduação em construção sustentável

Débora Spitzcovsky - Planeta Sustentável - 29/01/2013

De olho na presença, cada vez mais forte, dasustentabilidade no mercado imobiliário, o Centro Universitário Senac abre inscrições para o curso de pós-graduação Certificação Ambiental e Sustentabilidade em Empreendimentos Imobiliários

Voltada para arquitetos, engenheiros e demais profissionais envolvidos com a área de construções, a especialização promete abordar todo o ciclo de vida dos empreendimentos, desde a fase de planejamento e projeto até a de manutenção pós-ocupação, passando pelo momento de construção e operação. 

Entre os assuntos que serão abordados durante o curso de pós-graduação estão: 
- métodos e processo de certificação ambiental; 
- legislação ambiental na construção civil; 
- planejamento ambiental; 
- desenvolvimento urbano; 
- eficiência energética; 
- manutenção e sistemas prediais; 
- materiais e 
- gestão de impactos e resíduos. 


Os interessados podem se inscrever até 28/02 aqui. Assista, abaixo, ao vídeo da pós-graduação Certificação Ambiental e Sustentabilidade em Empreendimentos Imobiliários.


Nosso prefeito assinou a Carta Compromisso do Cidades Sustentáveis! Vamos cobrar?

Uma das metas de sustentabilidade para os municípios muito nos interessa! Olha só:


Vejam também...


Acústica? Vão pensando em Conforto III. :)


Urbanização? Uso do solo? Vão pensando em ateliê IV e V.

Veja a publicação completa em cidadessustentaveis.org.br, ou baixe o PDF diretamente aqui.

Sugiro fortemente que leiam a publicação todinha! 1) Para cobrar do nosso prefeito e 2) para fazer escola em planejamento municipal. Por que não? Faltam arquitetos urbanistas nesta área! Acho que poderíamos fazer estragos BONS na cidade! :D Vão pensando!

No mínimo, se conseguirmos estabelecer uma cultura de edifícios eficientes em Salvador, vocês terão à frente um nicho maravilhoso para fazer trabalho e dinheiro!

Tinta térmica reduz consumo de energia em até 60%

Fonte: Envolverde - 04.02.2013

Brasil - Revestir o telhado com tinta térmica pode ser uma boa alternativa para economizar no consumo de energia, reduzir o impacto da radiação e a temperatura interna dos ambientes. Por quê? É que o produto é feito a base de água e microesferas ocas de vidro, que possibilitam a redução de até 60% do consumo de energia elétrica na refrigeração de residências, galpões, prédios e armazéns.

A tinta, que também diminui até 84% da radiação no telhado e entre 10 a 15% da temperatura por telha, foi desenvolvida para revestir navios, aeronaves, tubulações e alvenarias em geral.

Além de custar menos, o produto é mais sustentável do que a espuma de poliuretano (derivado de petróleo), opção muito utilizada no mercado brasileiro, em obras de revestimento e isolamento térmico.

Walter Ferreira, diretor da WC Isolamento Térmico, um dos fornecedores de tinta térmica no mercado nacional, explicou à Agência Sebrae, que as microesferas utilizadas no produto são células que não permitem a propagação de temperatura e som. “A maior incidência de calor é no telhado. Se o local for bem ventilado, a sensação térmica no ambiente interno se torna agradável, sem precisar de ar condicionado”, completou.

Regulamento

A Organização das Nações Unidas está elaborando um novo regulamento para os editais de suas obras, visando adotar materiais de revestimento mais sustentáveis, apontou Ferreira. Segundo ele, a tinta térmica será um deles, pois a relação custo/benefício é positiva.

“Escolher materiais sustentáveis que vão solucionar o problema de temperatura e calor nos ambientes sem agredir o meio ambiente e, ainda, sem usar energia e produtos químicos, é o caminho. As leis vão exigir isso cada vez mais de empresas e indústrias”, pontuou.

O produto pode ser aplicado em qualquer tipo de superfície e a durabilidade é de cinco anos. Após esse período, é necessário fazer manutenção como as pinturas comuns.

Eletrosul constrói seu 1º prédio comercial sustentável, etiquetado com nível “A” de eficiência energética.


Santa Catarina - Finalizado em novembro de 2012, o prédio do Setor de Manutenção de Campos Novos é a primeira edificação comercial da Eletrosul a receber as Etiquetas Nacionais de Conservação de Energia (ENCE) com classificação A de eficiência energética, pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), do Inmetro, para as três categorias avaliadas em edificações de prédios comerciais: Iluminação, Climatização e Envoltória, tanto para a fase de projeto como para o prédio construído.

Localizado anexo à Subestação de Campos Novos, no município de mesmo nome, região central de Santa Catarina, o prédio possui dois andares, totalizando 545 m², e é local de trabalho de aproximadamente dezoito pessoas, entre empregados e terceirizados da Eletrosul.

Esta obra contou com o apoio de profissionais da empresa nas áreas de arquitetura, de eficiência energética e também com um trabalho de consultoria externa, visando à elaboração de um projeto que atendesse, com excelência, os conceitos de eficiência energética, de conservação de energia e de sustentabilidade.

O prédio foi avaliado pelo Organismo de Inspeção em Eficiência Energética em Edificações – OI3E da Fundação CERTI, acreditado pelo Inmetro, e dentre as características apresentadas neste projeto, destacam-se: o emprego de luminárias eficientes e o uso de aparelhos condicionadores de ar, tipo split inverter, etiquetados com nível A pelo PBE; a adequação da arquitetura do prédio, buscando o aproveitamento de luz natural (iluminação zenital), levando-se em conta a posição geográfica, estratégias de sombreamento, uso de blocos de concreto celular autoclavado, janelas com vidros duplos e telhas especiais, favorecendo a envoltória. Além destas estratégias, foi projetada e construída uma ”Torre Sustentável” – onde ficam 03 reservatórios: de água potável, de água da chuva (10.000l) e de água quente, cujo aquecimento é feito através de coletores solares. Os efluentes são tratados pelo uso de fossas sépticas e filtragem por tanque de zona de raízes, wetland, devolvendo ao meio ambiente águas não poluentes.

Outro destaque deste prédio são os telhados, cuja parte voltada para a orientação norte, tem uma inclinação propícia – levando-se em conta a latitude local – para o melhor aproveitamento dos raios solares ao longo do ano, visando à geração fotovoltaica.

APARTAMENTO ESTUDANTIL SUSTENTÁVEL TEM VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO NATURAIS

Veja fonte: SWU

Um conjunto de apartamentos em Paris, que acabou de ficar pronto, já é considerado o complexo habitacional mais ecologicamente correto da França. Destinado especialmente para jovens que vão para o país estudar, o prédio tem como principal característica a eficiência energética.

Tudo foi feito para que a ventilação e iluminação sejam naturais, evitando ao máximo o uso de eletricidade. Janelas e corredores foram estrategicamente colocados para que a habitação seja ventilada e até os lances de escada são de vidro, para permitir que a luz do sol clareie o interior do prédio.

Outros sistemas ambientalmente corretos são o uso de painéis solares para obter energia elétrica e coleta da água da chuva, que será usada na irrigação das áreas verdes.

Além disso, o prédio acumula espaços comunitários, como a área de serviço no térreo, fazendo com que esse espaço não seja necessário dentro das habitações.

Com design chamativo, o complexo conta com 192 apartamentos espalhados em 11 andares. Como se já não bastassem as vantagens sustentáveis, alguns deles ainda têm vista para o maior cartão postal da França, a Torre Eiffel.

Relógio de Sol

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. 

Um relógio de sol mede a passagem do tempo pela observação da posição do Sol. Os tipos mais comuns, como os conhecidos "relógios de sol de jardim", são formados por uma superfície plana que serve como mostrador, onde estão marcadas linhas que indicam as horas, e por um pino ou placa, cuja sombra projetada sobre o mostrador funciona como um ponteiro de horas em um relógio comum. A medida que a posição do sol varia, a sombra desloca-se pela superfície do mostrador, passando sucessivamente pelas linhas que indicam as horas. Também existem relógios de sol mais complexos, com mostradores inclinados e/ou curvos. Os relógios de sol normalmente mostram a hora solar aparente, mas, com pequenas alterações, também podem indicar a hora padrão, que é a hora no fuso horário em que o relógio está geograficamente localizado.



Sombra Projetada

As vezes uma sombrinha faz toda a diferença! (Farol da Barra, Salvador)

Tirada no dia 07 de janeiro de 2012. Alguém teria uma ideia da hora? 15:41









Brasil se destaca na construção de unidades imobiliárias com selo verde

Quase 50% dos lançamentos comerciais em SP e no RJ serão certificados. Em Curitiba, serão quase 80%.

Reportagem: Jornal da Globo




O Brasil já está entre os líderes do mercado de construções planejadas para preservar o meio ambiente.
É cada vez maior o número de empreendimentos imobiliários com selos verdes no Brasil. Neste ano, quase metade dos lançamentos comerciais em São Paulo e no Rio de Janeiro serão certificados ambientalmente. Em Curitiba, serão quase 80%.
“São empreendedores, incorporadoras, investidores,  que querem construir um prédio com algum diferencial no mercado”, diz Cristina Umetsu, gerente de projetos sustentáveis.
“Eles têm conseguido reduzir em torno de 30% o consumo de energia dentro da edificação, de 30 a 50% o consumo de água, e conseguem reduzir também em cerca de 60% a 80% a gestão de resíduos, que são gerados durante todo o empreendimento”, afirma Marcos Casado, gerente técnico da GBC Brasil.
Casado representa no Brasil a maior e mais antiga certificação ambiental de construções. O selo LEED foi criado nos Estados Unidos em 1999 e já é usado em 139 países. O Brasil, com 630 empreendimentos registrados, aparece em quarto lugar no ranking de países certificados pelo LEED, atrás apenas de Estados Unidos (42.964), China (1067) e Emirados Árabes (794).
Em um edifício certificado com o selo LEED em São Paulo, medidas simples como bicicletários ou vagas reservadas na garagem para carros mais eficientes contam pontos, mas o que pesa para valer na certificação são os sistemas inteligentes, que permitem a redução de 30% no consumo de energia e de 40% no de água.
“O mercado consumidor  está cada vez mais exigindo isso, as empresas brasileiras e internacionais estão buscando prédios com esse tipo de concepção e com esse tipo de eficiência”, diz Ivan Chara, gerente executivo do Previ.
Outra opção é a certificação pelo selo Aqua. Inspirado em um modelo francês e adaptado para a realidade brasileira, foi concedido a mais de 160 projetos no país. “São 14 categorias de preocupação ambiental, que vão desde a escolha do terreno com os produtos, sistemas construtivos, até com o gerenciamento de resíduos, com a gestão de energia, a gestão de água”, afirma Bruno Casagrande, executivo responsável pelo desenvolvimento de negócios da Fundação Vanzolini.
Para economizar energia, um edifício certificado pelo Aqua em São Paulo instalou quase 700 persianas automáticas que regulam a entrada de luz e de calor. Para subir ou descer de elevador, é preciso esperar a orientação do computador, que informa qual o elevador mais próximo que o levará ao andar desejado.
Em todos os prédios certificados, a água da chuva é recurso valioso. “Isso gera hoje uma economia em torno de R$ 20 mil a R$ 25 mil por mês. A previsão de quando tiver 100% ocupado é de gerar uma economia para o condomínio de R$ 150 mil na conta de água”, diz Luciano Sérgio Amaral Alves, diretor.
Quem disse, porém, que só prédio sofisticado pode ter selo verde?  Já é possível certificar ambientalmente imóveis em comunidades de baixa renda no Brasil, o que já está acontecendo em Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo.
Para obter a certificação, é preciso seguir 19 recomendações obrigatórias. Foram essas obrigações que nortearam a construção de novos blocos de apartamentos. O selo Casa Azul, da Caixa Econômica Federal, começa a ganhar escala nos empreendimentos populares financiados pelo governo.
“A certificação Selo Azul da Caixa se diferencia das outras certificações principalmente pelas práticas sociais. Os próprios moradores locais têm educação ambiental, são levados para a preservação dos recursos naturais”, diz Amilton Degani, da Ductor Implantação de Projetos.
Do lado de fora, áreas verdes deixam o solo permeável para a água de chuva, há coleta seletiva de resíduos e playground com piso feito de borracha de pneu, mais seguro e higiênico para as crianças. Tudo isso pesou bem pouco no custo do apartamento, menos de 1% do valor total de cada unidade.
A técnica de enfermagem Fátima Dias Cardoso mora com marido e quatro filhos em um apartamento de 50 metros quadrados. Vive hoje com mais conforto e economia do que no imóvel anterior. “Eu pagava mais, cerca de R$ 100 a R$ 120 de luz. Aqui vem em torno de R$ 38, R$ 37 de luz. Quanto à água, então, nem se fala. Veio uma taxa super baixa”, afirma.
Todos os apartamentos têm equipamentos que racionalizam o consumo de água, aquecedores com selo Procel letra "A"  e janelas onde a luz solar e a ventilação natural tornam o ambiente agradável, sem que se gaste mais por isso.
Marcos Casado, de tanto trabalhar com selo verde, acabou construindo a casa onde mora em Santo André, na Grande São Paulo, seguindo à risca boa parte das soluções mostradas nesta reportagem: coleta de água de chuva no quintal, luz natural que invade todos os ambientes.
Para onde se olha, está lá uma inovação em favor da qualidade de vida e do bolso. “Está na hora de começar a passar da teoria pra prática. É um objetivo que a gente tem aí, preservando a questão do futuro das próximas gerações”, diz.

Inspiração para Laboratório de Conforto

Oi, meninas de Laboratório de Conforto!
Deem uma olhada neste artigo, para inspirar.

Análise do conforto ambiental em salas de aula: comparação entre dados técnicos e a percepção do usuário.

Resumo:

"Este trabalho trata da avaliação in loco do conforto ambiental de salas de
aula de duas edificações com arquitetura e técnicas construtivas
diferentes, que compõe a estrutura da Universidade Federal de Goiás. A
pesquisa objetiva explorar essas edificações, buscando identificar a
influência das tecnologias construtivas adotadas e da conformação física das
mesmas no seu desempenho. Os dados técnicos levantados foram avaliados por
modalidade de conforto. No conforto lumínico, realizaram-se medições próximas
aos solstícios e equinócios. Os dados de conforto térmico coletados foram a
temperatura e a umidade relativa do ar, por um período de onze meses. Já as
medições acústicas buscaram a caracterização expedita do clima de ruídos
(soundscape) em ambas as edificações, por meio da coleta dos níveis de pressão
sonora ocorrentes ao longo de um dia de atividades cotidianas. Notou-se que
apesar de as edificações possuírem orientação solar similar, os resultados de
desempenho térmico e lumínico dos edifícios foram bastante diferenciados.
Paralelamente às avaliações técnicas, foram aplicados questionários aos usuários
das salas estudadas, que buscaram caracterizar a percepção destes, em relação a
cada uma das modalidades de conforto. Da comparação dos dados técnicos e
perceptivos, observou-se que as opiniões dos usuários não foram condizentes com
os resultados da análise técnica. Detectou-se divergências entre a proposta de zona
de conforto adotada e a satisfação dos usuários das edificações.